Ela veio ao mundo perfeita, natural, do jeitinho que foi desenhada, tinha em sua mente que nada em si precisava ser mudado, pois como não amar uma coisa que é sua, que te pertence, que vem de você, pelo menos eram assim as suas primeiras impressões sobre a vida, tinha uma forma diferente de ver o mundo, achava tudo belo, tudo inspirador, sua mente cheia de borboletas, lhe trazia uma felicidade interior, pura...
Sua primeira impressão real sobre o mundo, não foi assim tão bela, como ela tinha nascido diferente do seu jeitinho especial de ser, o mundo não a enxergava com os mesmos olhos ao qual ela o enxergava, ele não via tanta beleza nas coisas, da forma que ela via. Não! Ele era fechado, seletivo, excluía tudo aquilo que poderia ser diferente do que ele julgava como normal, tudo aquilo que ameaçasse sua ordem, sua estrutura.
Porém, ela sempre com seu jeito diferente de ser, não queria ser abalada, não queria deixar que seu brilho interior fosse tocado, sendo assim tornava-se cada vez mais difícil torná-lo imaculado, intocável, imperceptível. Então em sua mente surgiram somente duas possibilidades: “continuo sendo diferente, e, assim ser somente eu”, ou “me escondo e me transformo naquilo que o mundo quer que eu seja”.
Pobre ser com pouco conhecimento sobre o mundo! preferiu se adaptar, preferiu se esconder, preferiu ser “igual”. Felicidade? sim, ela ainda a possuía, seu brilho? Hum.. nem tanto, pois ela preferiu o esconder, pensando que assim, poderia o resguardar de ser tocado, pensando que talvez se adaptando ao meio pudesse se sentir feliz, e que o mundo iria a reconhecer da forma como ela realmente era.
È, uma idéia não tão boa, e assim viveu por um tempo, se adaptando, se escondendo, se moldando. sua energia com o passar do tempo estava se esgotando, se sentia cansada de ter que se esconder todo o tempo, e seu brilho interior, aquela que ela tanto se orgulhava de possuir, estava sendo alcançado, e o mundo ainda não a reconhecia, ate então que em um dado momento, veio lhe os seguintes questionamentos: “ por que me escondo? Por que tenho que me adaptar? Por que tenho que fazer com que o mundo goste de mim?” e foi assim que ela percebeu que não tinha que se adaptar ao mundo para ser feliz, ou ser reconhecida, mas sim tinha que mostrar a ele, o que ela realmente era, a sua beleza interior, expondo aquilo que lhe foi dado quando nascera.
Escrito por:
Carolina Libanio
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